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Minha experiência com as testemunhas de Jeová no Japão

Esse artigo é um tanto quanto pessoal, por isso está na categoria meu blog. Eu não sou de abordar esses assuntos no site, mas a pedido de muitos amigos eu tenho que escrever a minha experiência com as testemunhas de Jeová no Japão.

Um dos principais motivos de eu gostar do Japão é porque os japoneses se esforçam em ser humildes, honestos, educados e respeitosos, e mesmo sem nenhuma crença bíblica eles se esforçam em seguir um padrão de moral. Um país onde as pessoas prezam o conhecimento, evitam palavrões e gírias de conotação sexual e pensam mais no próximo do que em si mesmo.

Se você ainda não sabe, eu sou Testemunha de Jeová e levo os princípios da bíblia a sério. E mesmo o Japão sendo um país com 90% das pessoas budistas e xintoístas, somos muito mais bem tratados do que por alguns cristãos no Brasil. A única coisa que peço é respeito! Porque talvez você ainda não saiba, mas, Testemunhas de Jeová também são cristas.

Conhecendo os irmãos do Japão

No Japão existem mais de 25 congregações (ou grupos) de língua portuguesa. Os dados totais do Japão em 2017 são cerca de 214.000 evangelizadores, 3059 congregações e cerca de 1 Testemunha de Jeová para cada 591 habitantes. Existem outras congregações em diversos idiomas como espanhol, chinês, coreano, tagalog e inglês.

Antes de eu viajar ao Japão, os próprios irmãos do Brasil chegaram a dizer estereótipos para mim, perguntando se os irmãos não seriam eram frios, ou não trabalhavam o tempo todo não tendo tempo para mim dar atenção. Se você pensa assim, desconhece totalmente a cultura e hospitalidade japonesa.

Minha experiência com as testemunhas de jeová no japão

Eles também esqueceram que 1 a cada 5 testemunhas de Jeová no Japão são pioneiros regulares e dedicam mais de 70 horas na pregação. Algo impossível para quem trabalha-se mais de 12 horas por dia. Os japoneses não trabalham muito, eles são apenas dedicados ao trabalho e às vezes pressionados a fazer horas extras (principalmente em fábricas).

Antes de ir para o Japão eu sempre procurei adicionar irmãos de lá no meu Facebook e Instagram. Conversando um pouco com eles, consegui um contato de um Ancião em Osaka. Nosso contato foi bem pouco, ele não ficava muito online e eu apenas falei do meu interesse de ir para Osaka e ele se prontificou de encontrar irmãos que me hospedassem.

Eu pensei que iria ficar solitário, já que conversei bem pouco com os irmãos do Japão e fui sozinho sem absolutamente nada confirmado. xD

Chegando no Japão e Visita a Betel

Ao chegar no Japão fiquei cerca de 14 dias em Tokyo num hostel no bairro de Akihabara. Na segunda semana do Japão na quarta-feira eu fui visitar Betel na cidade de Ebina em Kanagawa. Um dia antes, o irmão de Osaka falou que haveria um guia em português para fazer um tuor nessa sede responsável por criar publicações não apenas para o Japão, mas para o mundo inteiro.

Aparentemente parecia um local pequeno, menor que a sede do Brasil, mas era um prédio enorme com vários andares que depois pareceu bem maior para mim. Um salão de assembleia se localiza no mesmo terreno de Betel que parece ocupar uma quadra gigantesca.

Minha experiência com as testemunhas de jeová no japão

A cidade de Ebina parecia bem tranquila, eu cheguei cedo demais e dei umas longas voltas pelo bairro. Antes da visita sentamos em um local na recepção para assistir aovídeo sobre a visita. Conheci alguns irmãos de Yokohama e também irmãs estrangeiras que estavam visitando Betel.

Os irmãos de Yokohama me convidaram para visitar a congregação deles. Tiramos algumas fotos num local que conta a história das testemunhas de Jeová no Japão. Depois o meu guia chegou e seguimos uma rota diferente. Como sou muito burro, esqueci a bateria da câmera no hotel e tive que tirar poucas fotos com meu celular.

Visitando Gunma e Yokohama

Na segunda semana em Tokyo, fui convidado para visitar uma família em Gunma, através das redes sociais. Fui até a estação de Isesaki onde a irmã me pegou de carro junto com outras irmãs que acabaram de sair do campo. Fomos a um KFC e depois fazer compras em um mercado gigantesco chamado costco.

Pra quem acha que casas no Japão são pequenas, a casa da irmã era gigantesca e com 2 andares. Dirigirmos cerca de 1:00 até o congregação de português que ficava em outra cidade, depois fomos jantar em um restaurante Chinês, onde a comida era tanta, nem dava para terminar o tamanho das porções que eles traziam.

No outro dia cedo eu tive que voltar a Tokyo, porque prometi que visitaria os irmãos de Yokohama que encontrei em Betel. Localizei a congregação deles e fui até o local, a estação era longe e tive que subir muitas escadas e ainda comprar um guarda-chuva transparente porque estava chovendo.

Minha experiência com as testemunhas de jeová no japão

Os irmãos ficaram surpresos e nunca tive tanta atenção na vida. Uma irmã chegou a mim dar uma note de 2000 ienes, kkkk será que ela pensou que estava passando fome? Outra irmã na cadeira de rodas ia toda hora no meu lugar mostrar o texto da bíblia em português. Depois da reunião tiramos uma foto juntos e o irmão e outros me levaram para almoçar no Saizeriya.

Nem sei como conversamos bastante, meu japonês era limitado, usamos bastante um papel para explicar algumas coisas. Outro irmão jovem me levou para conhecer um dos pontos de destaque de Yokohama, com um dos elevadores mais rápidos do mundo. Depois ele me levou em uma praça onde aconteceu cenas do anime oreimo.

O artigo ainda está na metade, mas já recomendamos ler também:

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Congregação de português em Osaka

Estava conversando com um irmão a muito tempo sobre como ficaria hospedado em Osaka. Ao ir para cidade de Osaka, me encontrei com o irmão em Kyoto, um japonês da congregação de português muito divertido. Ele me deixou ficar em um apartamento durante 1 dia, no outro dia na reunião iria para casa de irmãos.

A congregação de português de Osaka é muito divertida, a maioria dos que tomam a dianteira são japoneses nativos. Alguns ainda estavam aprendendo o português e dava para ver o zelo e a dedicação deles. O Salão tinha vários andares (3 eu acho), cada um com uma congregação. Tinha outras congregações de língua estrangeiro no local, acho que um total de 12 congregações em um Salão.

Fui hospedar na casa de um casa jovem para poder ir em uma saída de campo especial, onde reuniram várias congregações de idiomas diferentes para procurar estrangeiros. Ficamos o dia inteiro procurando estrangeiros, íamos nos prédios e olhava-mos as caixas de correio para saber se tinha alguma família com nome estrangeiro.

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Chegamos a entrar num shopping e almoçamos num sushi de esteira. Eu me lembro de ter saído com irmãos da congregação chinesa. A noite fui para casa do irmão que me hospedaria por alguns dias, ele era muito engraçado e me levou em diversos lugares interessantes de Osaka.

Outro brasileiro que morava em Hamamatsu se hospedou nessa casa, ele também era muito legal. Um dia à noite visitamos Namba Dotonbori, um ponto turístico muito famoso para dar testemunho informal. Estávamos com roupas normais como jeans, mesmo no Japão usar uma roupa social ser algo extremamente comum.

Abordamos turistas estrangeiros e conversava-mos coisas normais, tiramos fotos e tentávamos falar o idioma deles. Apenas no final, depois de muita conversa aleatória, deixávamos um folheto. Era um local muito agitado e tranquilo ao mesmo tempo.

No sábado fomos visitar vários pontos turísticos e depois fomos a reunião. No domingo fomos ao campo de manhã, visitamos apenas um prédio onde tinha um brasileiro que já chegou a estudar. Ficamos horas conversando e o morador até chegou a pagar um leito com chocolate na maquina de vendas. O campo foi apenas isso, depois visitamos uma tumba famosa em Osaka e almoçamos soba.

Minha experiência com as testemunhas de jeová no japão

O resto da viagem em Osaka

Depois eu iria ficar na casa de outro irmão, então tive que ir atrás de um presente. Como parte da cultura japonesa, devemos sempre levar um presente ao visitar uma casa. Comprei uma espécie de urso de pelúcia que limpa chão para a criança sair se arrastando no chão enquanto limpa a casa. Fiquei o resto da minha estadía na casa dessa família que tinha 2 crianças.

Eles eram muito bonzinhos, a dona da casa sempre ficava na porta dando tchauzinho até eu sumir de vista toda vez que eu saia. Teve um dia que eu fui em Hamamatsu visitar o irmão que esteve passeando em Osaka. Foi um dos dias mais divertidos, onde fui em uma base área, churrasco yakiniku e nas fontes termais onsen (eu detalhei meu passeio em hamamatsu aqui).

No sábado fomos em outra cidade (Shiga) onde o irmão que contatei antes de ir pro Japão iria fazer um discurso. Lá eu fiquei hospedado na casa de um casal de idosos brasileiros. Foi ótimo, a irmã trabalha com quiropraxia e deu um trato na minha coluna, ela também tinha gatos gigantes e lindos. No outro dia o irmão me levou para tomar café da manhã tradicional onde tinha arroz e até peixe.

Fotos de shiga e hamamatsu

Em todas as casas que hospedei, o café da manha era fenomenal. Não era apenas um tradicional pão com café, mas tinha atum, sopa de misso, suco, yorgut, lingüiça, presunto e mussarela. Era muitas opções e parecia um banquete, não sei dizer se era apenas porque sou visita.

Como são os irmãos do Japão

Claro que eu estou apenas resumindo como foi minha associação com os irmãos durante minha viagem de 30 dias. Foi uma experiencia incrível, realmente não existem diferenças entre os irmãos de todo mundo. Eles foram muito calorosos e brincalhões, pacientes e divertidos. Eu fiz diversas perguntas para os irmãos de lá e percebi algumas coisas.

Eles são muito mais razoáveis e despreocupados. Foi ótimo viver em um ambiente onde eu podia discutir sobre as animações japonesas sem irmãos criarem estereótipos e ideias erradas. Eles chegaram a dizer que não tinha problema visitar alguns pontos turísticos como o famoso templo de ouro em Kyoto (kinkaku-ji).

Eles também falaram que nunca tiveram esse pensamento de perigo de comprar coisas usadas e a procedência delas. A coisa mais comum no Japão é comprar coisas usadas, que aparentemente são novas. Os irmãos me levaram em diversas lojas onde comprei mangás e tralhas usadas. (A associação também compartilha a mesma opinião: sem problemas).

Minha experiência com as testemunhas de jeová no japão
Pedra com texto de salmos 23:1 no salão de shiga

Eles também assistem jogos de esporte em estádios e visitam locais que alguns poderiam questionar no Brasil. Eu até entendo, já que o ambiente dos lugares no Brasil é totalmente diferente e desorganizado em comparação com Japão. E mesmo que isso incomode alguns, a cultura deles não parece gostar de se intrometer na vida dos outros e sair fofocando nas costas.

É incrível esse contraste entre individualismo e trabalho em equipe que tanto os japoneses em geral como os irmãos do Japão seguem. Eu percebi que os japoneses vivem uma vida simples sem querer grandes coisas e sentem alegria em coisas simples. Se você seguir um irmão japonês no Instagram vai perceber pelas live aleatória ou falando sobre determinado produto ou as fotos de animais e paisagens.

Eu queria falar mais um pouco do que eu lembro, mas não tive tempo o suficiente e não quero identificar a vida das pessoas sem autorização. Posso concluir que os irmãos do Japão são simples, muito amorosos e hospitaleiros. Não vejo a hora de voltar e passear por 3 meses ou quem sabe até ficar lá definitivamente...

PS: Eu perguntei para diversos irmãos no Japão, aquela experiencia da irmã que perdeu o dedo por causa do Pai e da Yakuza é mentira!

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