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Ijime – Bullyng nas escolas do Japão

Ijime, (いじめ / 苛め), este é o nome dado ao Bullyng Japonês. Todos sabem o que é Bullyng, certo? O bullyng é o ato de agredir uma pessoa fisicamente, moralmente e psicologicamente. Às vezes, deixando sequelas irreversíveis.

Para nós Brasileiros, o bullyng é mais conhecido e confundido com o ato de “zuar”. Mas no final, é tudo a mesma coisa. Infelizmente tanto o Brasil quanto o Japão sofrem com altos índices de bullyng.

Derukui wa Utareku

Derukui wa Utareku (出る杭は打たれる) é uma expressão Japonesa bastante popular, que basicamente significa: “Prego que se sobressai leva martelada”.

Isto representa muito bem o que o Japão tem de pior. E não pense que o Ijime ocorre somente em escolas, ele também ocorre em empresas e muitos outros locais. Como já sabemos, o Bully, ele prefere atacar sempre a vítima mais frágil e “inocente”, ou seja, aquelas pessoas que não sabem como se defender.

No Japão, as pessoas são meio que forçadas a serem “robóticas”, ou seja, a ser igual a todas as outras e seguir os mesmos costumes e regras. Estas pessoas que agem de maneira diferente são os principais alvos, isto não somente no Japão, mas em qualquer lugar.

Ijime

Os maiores casos de Ijime ocorrem nas escolas Japonesas. Onde até mesmo alguns professores sofrem com isto. Os maiores alvos? Os estrangeiros e indiferentes.

Estrangeiros e a falta de comunicação

O nosso amigo Luiz Rafael sempre diz o seguinte, “Se você mora no Japão, é mais que uma obrigação que você aprenda Japonês!”

Isto realmente é verdade, é um problema haver estrangeiros em qualquer país que não falem a língua nativa. Claro, se você for um turista, isto não será um problema.

A falta de comunicação afeta muito a convivência entre as pessoas ao seu redor. Sempre ouvimos dizer que Japoneses não gostam de estrangeiros e coisas do gênero, mas isto é uma meia verdade. Eles são muito receptíveis, mas depois que você se acomoda, eles tendem a mudar, claro que não são todos que mudam. Alguns diriam que 70% da população não se importa com coisas relacionadas a “diferença”.

Ijime

O maior caso de Ijime relacionado a estrangeiros são nas escolas. Podemos perceber isto quando muitos pais brasileiros preferem colocar seus filhos em uma escola própria para estrangeiros, no caso, brasileiros. Ouvimos muitos relatos de brasileiros quanto ao Ijime, isto realmente é muito triste e lamentável.

Alguns pais brasileiros até mesmo receberam indenização pelos seus filhos, por tais atos cometidos por outros estudantes.

Alguns casos são “hediondos”, pelo que vi vasculhando a internet, muitas escolas omitem tais atos e deixam passar por vista grossa. Vi algo que me chocou, um caso em que uma professora sofre o Ijime, e em um dos atos, ela foi forçada a comer giz por um grupo de estudantes.

O que o Ijime causa na vítima?

Teve uma época no Brasil em que o Bullyng estava em febre, onde diversas campanhas de conscientização estavam sendo feitas, com isso, muitos casos foram cessados. O bullyng não deixará de existir em qualquer circunstância, mas ele pode ser reduzido, porém, outra coisa que não se acaba é a dor que fica na vítima.

Algumas pessoas desenvolvem problemas mentais, fisiológicos e de outras diversas formas. A dor física irá passar um dia, mas a dor psicologia continua. Imagina a professora que sofreu ijime, ela deve ter desenvolvido problemas psicológicos, sendo necessário tratamentos. Nem é questão de dinheiro, mas sim da dor metal.

Enkou

Existem tratamentos eficazes onde a vítima irá se recuperar do trauma, mas mesmo assim, nem todo o remorso vai embora. Dependendo do tipo de ijime sofrido, a pessoa irá ter medo de frequentar certos locais, como escolas e ambientes de trabalho.

Mudança de comportamento. O caso mais comum, onde a vítima se distancia de todas as outras pessoas, preferem ficar sozinhas, se isolam, não conversam sobre o dia a dia, passam o dia trancados em seus quartos, chorando, se tornando um hikikomori ou qualquer coisa do tipo. Isto é algo que ninguém quer ver, certo?

O artigo ainda está na metade, mas já recomendamos ler também:

Ijime - bullyng nas escolas do japão
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Suicídios por conta do ijime

De uns 10 anos para cá, o Japão foi perdendo seu posto de país com maior índice de suicídio. Mas mesmo assim, o ijime ainda é um dos maiores incentivos para tirar a própria vida.

No Japão, coisas pequenas são vistas como motivos para suicídio.

Exemplo: Uma pessoa trabalha a anos em uma empresa e foi despedido, esta espécie de caso é bem comum, mas alguns levam ao extremo, ao ponto do suicídio.

Exemplo: O marido descobre uma traição. Este é um pouco menos comum. O Japão não é como no Brasil que você termina com alguém e já está com outra, lá as pessoas são mais reservadas, então o marido poderia sentir que não poderia continuar vivendo, além da vergonha.

Ijime

E o caso de ijime também é uma das principais causas de suicídios dos jovens. Alguns estudantes param de frequentar a escola e alguns vão até o extremo, direto ao suicídio.

Somente em 2012, durante abril e setembro, foram registrados cerca de 144 mil casos, onde cerca de 280 casos foram considerados de grande gravidade. Os casos mais graves chegam desde agressões até casos onde a vítima é humilhada.

Para alguns são realmente um drama, mas de fato é. Alguns pensam, “É melhor tirar minha vida do que continuar com isto”. Errado. Muitos pais Japoneses nem sabem da situação dos seus filhos, pois se soubessem, tenho certeza que fariam algo. Nenhum pai quer ver seu filho sofrendo.

O jeito é sempre tentar conversar com seu filho, seja no Brasil, Japão ou em qualquer lugar. Isto porque, é melhor resolver o mais rápido possível do que ser pego com uma notícia triste dessas.

Outras informações sobre ijime

O ijime já está enraizado na cultura japonesa, desde milhares de anos. Muitos fatores como classe, sexo, aparência e desempenho servem de motivos para as pessoas sofrerem bullying. Até mesmo alguns professores que deveriam colaborar contra esse ato, acabam incentivando ou começando.

O principal motivo de acontecer tantos casos de ijime no Japão é a timidez e vergonha, as pessoas que sofrem esse caso não conseguem recorrer a ajuda por vergonha. E falta bastante apoio dos professores para detectar e solucionar esses casos. Muitàs vezes meninos sofrem ijime até mesmo de meninas. Acho que os país também devem ajudar seus filhos a tomar um pouco mais de atitude!

Crianças

A maioria dos casos acontecem de acordo com a idade. O número é alto no primário e vai diminuindo com fase adulta. Além de agressões físicas e verbais, é comum os agressores extorquir dinheiro das vítimas, roubar seus pertences, humilhá-las e até mesmo ataca-las utilizando as redes sociais e a tecnologia.

A neta do Imperador Akihito também sofreu ijime. A princesa Aiko de somente 8 anos e filhar do príncipé Naruhito e da princesa Masado, havia deixado de ir as aulas por um período de tempo. Ela dizia que era porque sofria ijime por seus colegas.

O Ijime pode ser combatido! Basta você correr atrás de seus direitos e de ajuda! Se você ou seu filho sofre com isso e ainda não tomou uma atitude, já passou da hora de começar. Se o caso é sério, não tenha medo de envolver autoridades ou até mesmo mudar de escola, é melhor eliminar esses problemas o mais rápido possível.

Assédio e Abuso de poder -  Power Hara

Assédio de poder ou power harasumento [パワーハラスメント] é quando pessoas aproveitam de vantagens no local de trabalho ou escola, comum entre aqueles com status social forte como Senpai e chefes de empresas.

Esse assédio é caracterizado e pode levar a punições severas da lei quando ultrapassa os seguintes limites:

  • Ataque / lesão (ataque físico);
  • Intimidação, difamação, insulto, línguagem abusiva terrível (ataque mental);
  • Isolamento / remoção / ignorância (separação das relações humanas);
  • Imponha coisas que são claramente desnecessárias ou irrealizáveis ​​nos negócios, interfere no trabalho (demanda excessiva);
  • Exclusão, não dê um trabalho razoável;
  • Trabalho que está longe de sua capacidade ou experiência sem racionalidade razoável (abaixo do requisito);
  • Entrada excessiva em assuntos privados (violação de um indivíduo);
  • Repreensão pública (repreensão em muitas frentes), negação da personalidade;

Embora o assédio de poder não seja exclusivo do Japão, tem recebido atenção significativa no Japão como um problema político e legal desde os anos 1990. Uma pesquisa do governo em 2016 descobriu que mais de 30% dos trabalhadores sofreram assédio de poder nos últimos três anos.

O termo japonês Power Hara foi cunhado por Yasuko Okada do Tokoha Gakuen Junior College em 2002. Os tribunais japoneses aplicaram o princípio geral de compensação do Artigo 709 do Código Civil do Japão para compensar as vítimas de intimidação no local de trabalho e assédio de poder.

Em 2019, a Dieta Nacional adotou a Lei de Prevenção ao Assédio de Poder, que altera a Lei de Promoção da Política de Trabalho Abrangente para exigir que os empregadores abordem o assédio de poder.

A lei de 2019 cria um novo Capítulo 8 que aborda “observações e comportamentos de pessoas que aproveitam suas posições superiores no ambiente de trabalho que excedem o necessário e adequado para a condução dos negócios, prejudicando assim o ambiente de trabalho dos colaboradores”.

A lei entrou em vigor para grandes empregadores em 1º de junho de 2020. Ele proíbe a demissão retaliatória de funcionários que reclamam de assédio e exige que os empregadores implementem sistemas para relatar e lidar com o abuso de poder.

Assédio acadêmico - AkaHara

Assédio acadêmico assim como o power hara é abreviado como Akahara [アカハラ]. Refere-se a professores e funcionários que abusam de seus poderes educacionais e de pesquisas em instituições acadêmicas, como universidades, para realizações de forma injusta com outros membros.

Refere-se a violação de direitos pessoais que prejudicam o estudo, educação, pesquisa ou desempenho no trabalho, ou inflija danos psicológicos ou físicos. Pode ser quando um professor obriga alunos a fazer tarefas que ele deveria estar fazendo, ou rouba descobertas dos alunos para levar o crédito.

Definido pela NPO como "conduta irracional sob uma relação de poder dominante relacionada à pesquisa e educação". A seguir estão exemplos de assédio acadêmico:

  • Obstrução às atividades de aprendizagem e pesquisa;
  • Obstruir direta ou indiretamente atividades legítimas em instituições de ensino e pesquisa;
  • Não fornece um tema de pesquisa [fonte obrigatória];
  • Não usa literatura/livros ou dispositivos;
  • Descarta o equipamento experimental e reagentes sem permissão;
  • Ele interfere na compra de bens necessários para pesquisas e viagens de negócios;
  • Não dê uma mesa ou sala para seus subordinados;
  • Proibir o acesso ao laboratório sem motivo válido;
  • Não permita a participação em conferências acadêmicas sem um motivo valido;
  • Cria obstáculos ao emprego e à educação superior;
  • Extorsão de transferências indesejadas e outros;
  • Não permite mudança de professor sem consequências;
  • Impor planos de aprendizagem;
  • Não escreva uma carta de recomendação necessária para um emprego;
  • Proibir a procura de emprego;
  • Fazer pressão para que uma empresa cancele a oferta;
  • Transferir a força para outras organizações de pesquisa e educação;
  • Impedir outros de ter um relacionamento amoroso;
  • Quebrando regras internacionais para a autoria de artigos de pesquisa, roubando idéias;
  • O professor decide arbitrariamente a ordem dos autores;
  • Forçar a inclusão de coautores com pouco ou nenhum envolvimento no estudo;
  • Escrever secretamente uma dissertação usando as ideias dos alunos;
  • Jogar fora os trabalhos dos alunos sem ao menos ler (mesmo lendo);
  • Repreender em voz alta por pequenos erros;

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