As colegiais japonesas têm um charme inconfundível que atravessa fronteiras, muito além das telas de animes e mangás. Seus uniformes icônicos e hábitos culturais despertam interesse global, mas o universo das estudantes japonesas é muito mais complexo e intrigante do que aparenta. Este artigo mergulha em curiosidades e aspectos únicos, desvendando desde costumes até tendências bizarras.
Esse artigo é baseado no vídeo que postamos em nosso canal. Caso queira assistir vamos deixa-lo abaixo:
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Os Uniformes e a Cultura das Saias Curtas
Os uniformes das estudantes japonesas, especialmente as saias, são um símbolo de moda e cultura. Embora muitas vezes pareçam extremamente curtas, a verdade é que as escolas seguem regras rígidas quanto ao comprimento. Essa aparência é resultado de um truque: as próprias alunas enrolam suas saias para encurtá-las antes e depois das aulas.
Essa tendência remonta à década de 1990, quando as Kogals, um grupo de jovens que desafiavam normas sociais, popularizaram a moda. Hoje, a influência de animes, mangás e subculturas juvenis mantém essa prática viva. Curiosamente, o comprimento das saias varia entre regiões: em Niigata, elas são as mais curtas do país, enquanto em Kobe predominam uniformes mais longos.
Mesmo no inverno, muitas estudantes optam por manter as pernas descobertas, uma prática que pode parecer incomum. Esse costume está relacionado à crença de que a exposição ao frio desde a infância fortalece o sistema imunológico.
Modas, Fetiches e Curiosidades Peculiares
No Japão, o conceito de Zettai Ryouiki — o espaço entre a saia curta e as meias longas — tornou-se uma referência estética popular entre jovens e admiradores de moda. Entretanto, nem todas as curiosidades sobre colegiais japonesas são tão leves. Em algumas lojas underground, é possível encontrar itens como calcinhas usadas ou até mesmo frascos de "sangue falso" supostamente de estudantes, evidenciando um mercado que explora fetiches.
Outras histórias bizarras incluem práticas no Dia dos Namorados, quando algumas jovens colocam itens incomuns, como fios de cabelo ou sangue menstrual, em chocolates como forma de lançar "maldições" amorosas. Embora raros, esses casos ilustram a ligação entre juventude, misticismo e moda na sociedade japonesa.
Além disso, estudantes participam de desafios curiosos, como explorar locais abandonados, criar clubes secretos para trocar cartas codificadas ou até competir por quem encontra o melhor melonpan (pão de melão). Essas atividades mostram um lado lúdico e criativo da vida colegial.
O Lado Sombrio: Bullying e Pressões Escolares
A cultura escolar japonesa também tem um lado sombrio, marcado pelo Ijime, uma forma de bullying que é frequentemente psicológico e verbal. Estudantes que se destacam por características físicas, como altura ou aparência, podem ser alvo de apelidos cruéis. Por exemplo, garotas com busto maior são chamadas de "vaca leiteira", enquanto as de cabelo ou pele diferentes sofrem discriminação.
Esse problema é agravado pela passividade cultural em relação ao bullying. Alunos e até professores tendem a não intervir, o que perpetua o isolamento e o sofrimento das vítimas. Apesar disso, algumas jovens encontram na criatividade e em atividades extracurriculares uma forma de superar essas dificuldades, muitas vezes transformando-se em ícones locais através de apresentações públicas e eventos culturais.