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Motoko Hani – conheça a primeira jornalista do Japão

Motoko Hani era de uma família de samurais e nasceu em 1873. Ela foi a primeira jornalista do Japão, e além de se destacar como profissional, foi responsável por lutar pela educação e independência financeira no país.

Motoko Haniviveu para se dedicar a fazer de tudo que estava ao seu alcance para melhorar a vida das japonesas. A primeira jornalista japonesa fez parte das primeiras mulheres do instituto feminino de ensino superior de Tóquio.

Motoko hani - conheça a primeira jornalista do japão

Motoko fez história

Motoko Hani foi responsável de criar uma revista que está em circulação mensal até hoje, a "Fujin no Tomo" ( que significa "amiga da mulher", em português). A revista foi criada em 1903, mas apenas 5 anos depois que veio a ter esse nome.

Motoko atuou como editora-chefe dessa revista que é voltada para donas de casa. O público dessa revista eram principalmente mulheres de classe média com residências em centros urbanos recém estabelecidos.

A magazine tinha como objetivo ajudar as mulheres a terem melhores condições de vida com visões sobre o cristianismo e o fornecimento da ajuda prática na vida diária.

No ano de 1921, ela fundou a escola feminina de ensino livre chamada de Jiyu Gakuen School Myonicikan. A instituição visava a independência e liberdade das mulheres.

A instituição possui quatro edifícios: o principal com salas de aula, leste em formato de U, oeste também com salas de aula e o auditório com capacidade para até 300 pessoas.

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Em 1934, o campus principal foi transferido para Higashikurume, Tóquio. Os prédios originais começaram a ser usados pelos ex-alunos para atividades extras. Na década de 1990, houve a preocupação de revitalizar a estrutura do prédio que já estava envelhecida.

O governo japonês determinou que a escola poderia ser utilizada para atividades educacionais e em 1997 foi declarado como Patrimônio Cultural Nacional Importante.

A restauração do prédio foi realizada de janeiro de 1999 a setembro de 2001. Desde então, o local é aberto para o público e pode ser usado para diversos eventos e até casamentos.

Facilidade para as mulheres

A jornalista, Motoko Hani também criou uma agenda financeira para ajudar as mulheres com a administração do dinheiro. Ela publicou um livro de contabilidade para a famílias japonesas modernas. Esse livro era disponibilizado uma vez por ano.

No início do século 20 as mulheres ficavam a cargo da criação de filhos e das finanças da família. E por meio da criação de Motoko, o método japonês de poupar dinheiro conhecido como 'kakeibo' ganhou repercussão não apenas entre as mulheres. Essa forma permitia que as mulheres tivessem mais controle da vida financeira para alinhar os ganhos com o estilo de vida.

O kakebo de Motoko é usado até hoje e já se tornou um best-seller com tradução em vários idiomas.

Carreira

Antes de se tornar jornalista, Motoko Hani, era professora. Foi algo desafiador para ela, visto que nessa época apenas 5,9% dos professores eram mulheres. A presença feminina era predominante em fábricas têxteis ou como empregadas domésticas.

Ela iniciou a carreira como jornalista ao participar da coluna de um jornal chamada "Fujin no sugao" (que significa 'retratos de mulheres famosas'). Seu artigo de maior sucesso foi quando entrevistou a esposa do visconde Tani Kanjo, Lady Tani.

Após a boa repercussão ela foi promovida a repórter do jornal e se tornou a primeira jornalista do Japão em 1897 com 24 anos de idade.

Motoko se destacou como repórter porque tinha como foco matérias voltadas para áreas negligenciadas, como creches e orfanatos.

Motoko hani - conheça a primeira jornalista do japão

Em 1920, ela fez a afirmação de que as mulheres eram iguais aos homens na esfera doméstica. E ela foi conquistando seu espaço por falar de assuntos de empoderamento feminino.

Ela estava entre as líderes femininas que trabalhavam com o governo Meiji de forma a melhorar a vida de mulheres japonesas.

Motoko faleceu em 1957 , aos 84 anos, e deixou um legado de que as mulheres tem papel fundamental na sociedade e que podem ter a liberdade de serem o que quiserem.

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