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Pensando em trabalhar nas fábricas do Japão? Pense direito!

Ei, você. Sim, você aí. É, você aí que está lendo esse artigo. Tá pensando em ir pro Japão trampar nas fábricas? Porquê não, né? Afinal, é o jeito mais fácil de você ir ao Japão. Se você for nikkei (descendente de japoneses), você tem direito a visto para você trabalhar nas fábricas do Japão. Caso não seja nikkei, então case com um(a) nikkei. Assim, você consegue o visto de cônjuge e as empreiteiras vão contratar você e o seu cônjuge.

Antes de chegar a algum desacordo, quero deixar claro que esse texto foi escrito de uma forma generalizada, mas leia até o final para entender que não pensamos dessa forma! Existem realidades diferentes e o problema não está nas fábricas!

Mas tudo tem um preço, amigo. Lá no Japão, não tem CLT. Não existe Carteira de Trabalho. Lá, você é empregado por contrato. E eles te contratam para você trabalhar 10 horas diárias, no mínimo.

Sim, no mínimo 10 horas. Mesmo a carga horária sendo 8, alguns contratos meio que obrigam você a fazer horas extras e turnos de 10, 12 ou até 15 horas. E você pode trabalhar até mesmo no sábado.

Pense no seguinte: O dia tem 24 horas, certo? Dessas 24 horas, você vai passar metade do dia trabalhando. Isso sem contar a hora que você leva para chegar e voltar do serviço. Assim, você vai chegar cansado em casa. MUITO cansado.

Pensando em trabalhar nas fábricas? Pensa de novo

O estresse de trabalhar em fábricas

Há uns tempos atrás, eu trabalhava no telemarketing. Ficava o dia todo escutando birra de cliente e quando chegava em casa, não queria falar com ninguém, não queria conversar, não queria nada. Só queria deitar e dormir.

É o sentimento normal de quem chega cansado/estressado do serviço. Isso porque eu não ficava 10 horas atendendo e escutando xingo de cliente.

Agora, considere isso: imagina ficar 10 horas ou mais fazendo um serviço repetitivo e ainda, no caso das fábricas, braçal e chegando no final do turno, o manda-chuva chega e grita:

“Hoje tem zangyou, pessoal!”

E você TEM que fazer zangyou (hora extra). Não porque é uma regra escrita mas sim, porque você vai se sentir na obrigação de fazer zangyou. Caso contrário, você não vai ter dinheiro.

O lado bom é que não serão 10 horas ininterruptas pois tem uma hora de almoço. Inclusive, existem intervalos de 5 a 10 minutos. Mas, você depois terá que compensar esses intervalos no final do turno, dependendo de quantos intervalos você tirou.

Escravizados

Férias remuneradas? Fundo de garantia? Aposentadoria? Abono salarial? Plano de saúde? Apesar de sua existência, alguns reclamam de como funciona, outros até deixam de pagar os seguros e depois colocam a culpa no Japão.

O estresse de trabalhar em fábricas acaba fazendo com que muitos peguem desgosto pelo Japão. Sendo assim, se você não for uma pessoa com presença de espírito, vai acabar odiando o país. E desse jeito, sua vida fica uma merda.

Imagine viver em um país em onde não se tem tempo para nada. Muitos acabam sentindo desprezo pelo Japão por isso. Aí é pior. Imagine viver em um país que você odeia pelo motivo anterior. É isso que você quer?

Realmente vale a pena você fazer isso?

Como citado anteriormente, a pessoa pode acabar odiando o Japão por causa do estresse das fábricas. Não é um trabalho fácil. E o estresse afetará não só a você. Muitos brasileiros que vão ao Japão a trabalho pelas empreiteiras são casados. O peso da rotina de fábrica vai afetar seu casamento.

Aliás, falando em empreiteiras, aí vem uma outra novidade para você: Dependendo da empreiteira, você vai passar sufoco. Há casos de empreiteiras picaretas que enganam você, te prometendo mil coisas antes de ir ao Japão. Chegando no país, vai ser uma situação que é totalmente diferente daquilo que lhe foi prometido antes.

No caso do vídeo acima, o cidadão não pôde nem citar o nome da empreiteira dele que o colocou em apuros. Sabe por quê? Porque, caso citasse, a empreiteira poderia processá-lo.

Quando conseguir uma empreiteira de confiança, ganhará bastante trabalhando em fábrica mas, também gastará bastante. Como dito antes, você acaba tendo que fazer zangyou ou não vai lhe sobrar dinheiro. E mesmo você fazendo zangyou todo santo dia, você nem vai ver a cor desse dinheiro. Principalmente, se você tiver filhos.

Posteriormente, depois de um tempo trabalhando em fábrica, você viverá no modo automático. Sua rotina vai ser só casa e trabalho. Viverá uma vida onde se sentirá alienado de tudo e todos.

Sendo assim, eu te pergunto: Vale a pena isso?

Ah, mas como eu vou trabalhar no Japão, então?

Há um artigo sobre empregos no Japão além de fábricas. Nesse artigo, foi descrito as possibilidades de você ter o seu ganha pão no Japão sem precisar se matar nas fábricas. para isso, você precisa de duas coisas: Falar japonês bem e saber pesquisar.

Sim, saber pesquisar pois há várias oportunidades que, inclusive, passam despercebido para os operários de fábrica. Por quê? Porque a galera que tá nessa rotina, com o passar do tempo, acaba enfiando na cabeça que o único trabalho que existe para brasileiros são as fábricas. Como se não houvesse outros meios de viver no Japão.

Pensando em trabalhar nas fábricas do japão? Pense direito!

Isso é consequência de viver uma rotina onde você se sente um zumbi. Passado certo tempo, o estresse e o pessimismo sobem à cabeça. No entanto, não se deixe levar pela fadiga. É possível um brasileiro ter um emprego que não seja em fábrica.

Com uma formação superior e falando japonês bem, você consegue emprego em empresas de alto nível. Sem formação superior e falando japonês bem, você consegue emprego em lojas de conveniência, mercados, etc. Se for esperto, você consegue montar seu próprio negócio e fazer disso seu ganha pão.

Mas, sem japonês nem formação superior, o que te sobra na maioria das vezes são as fábricas. E se você tiver sorte e correr atrás, consegue empregos de meio período ou de 8 horas por dia sem nenhuma dificuldade.

O artigo ainda está na metade, mas já recomendamos ler também:

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As fábricas do Japão são tão ruins assim?

De forma alguma! As fábricas no Japão são ótimas e oferecem condições de trabalho que não existem em muitos lugares ao redor do mundo. O problema está em como as pessoas decidem trabalhar ou em algumas empreiteiras.

Nem todos acham as fábricas algo ruim, na realidade cabe a cada pessoa saber manejar seu tempo e trabalho de uma maneira que não o prejudique mentalmente. Alguns viviam uma vida fácil no Brasil, mas ao ir para o Japão tiveram um trabalho mais pesado, por isso reclamam.

O grande problema é que independente do Japão ou do Brasil, grande parte das pessoas fazem serviços pesados, repetitivos e por longas cargas horárias. Tanto que reportagens dizem que mais de 50% da população brasileira trabalha 10 horas por dia.

Provavelmente, há pessoas que trabalham sem fazer horas extras. O problema não está nas fábricas mas simplesmente nas pessoas que não acreditam no próprio potencial de mudar essa rotina que tanto reclamam ou sair da zona de conforto.

Se você se sente lesado ou que está perdendo algo em certa fábrica ou empreiteira, melhor procurar outra que ofereça condições melhores de trabalho. No Japão tem mais empregos que pessoas, então não perca tempo onde você não está sendo feliz.

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