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Mulheres no trabalho em um país patriarcal

Que o mercado de trabalho é desafiador para as mulheres, isso não é novidade! Mas o que será que difere com relação a isso no Japão visto que se trata de um país que reserva suas raízes patriotas?

O Japão é conhecido por ser um país tecnológico, bem desenvolvido e com extrema educação, então acaba sendo um destino muito procurado em busca de emprego.

Mas, será que compensa uma mulher estrangeira ir para o Japão em busca de emprego? Vamos descobrir esses detalhes longo desse texto!

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História do trabalho no Japão

Para quem sonha em morar no Japão uma das primeiras preocupações é de que vai trabalhar a fim de garantir o sustento! Sendo homem ou mulher esse fator torna-se determinante na hora de tomar essa decisão.

No Japão desde o início do desenvolvimento da sua própria cultura funcionava da seguinte forma: a mulher é responsável pela família e o homem fica encarregado de prover o sustento para os membros da família.

Os primeiros registro de trabalho no Japão acontece no período Yayoi (弥生時代) que abrange de 1000 a.C. até 300 d.C. Porque foi durante essa época que houve um grande cultivo de arroz e teve necessidade de trabalhadores para isso.

Na era Nara (奈良時代) passou a ser obrigatório prestar serviços em obras civis e militares.

Ainda nesse período também os agricultores tinham que pagar impostos para a realeza em forma de arroz e produtos específicos de cada região.

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Mulheres no mercado de trabalho

No Japão feudal era comum a mulher renunciar ao trabalho para se dedicar a vida de dona de casa não apenas pelo sentido de deve fazer isso, mas nada contribuía para que elas conseguissem sair de casa e trabalhar.

Não tinha onde e nem com quem deixar as crianças e nem dos idosos (tinham famílias que ainda cuidavam de pais doentes), sem falar de assédio moral e sexual que estavam sujeitas a passar no ambiente trabalhista.

Mas o serviço de casa é valorizado no Japão. As mulheres ficam responsáveis por todos os assuntos domésticos inclusive as finanças.

É costumeiro as mulheres receberem até uma educação diferente das que os homens recebem para administrar o lar.

E quando acontecia das mulheres ingressarem no mercado de trabalho a desigualdade era evidente no fato de que elas às vezes exerciam a mesma função que outro homem, mas o salário era menor. Isso acontecia principalmente em cargos políticos.

As mulheres começaram a aparecer no mercado de trabalho no período Meiji, pois nessa época teve fim o sistema feudal e restaurou o poder da monarquia imperial.

Depois que isso aconteceu a mulheres japonesas foram exploradas por militares japoneses.

No ano de 1900 foi notória a participação de mulheres em empresas o que serviu de contribuição para o desenvolvimento econômico no Japão.

Nessa década por volta de 250 mil mulheres trabalhavam em indústrias têxteis e de autopeças. Esse número representava pelo menos 63% da força de trabalho industrial.

Apesar do grande número de mulheres ativas no trabalho, infelizmente as condições trabalhistas vividas não eram boas e os salários não correspondiam ao serviço que era executado.

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Mudanças que trabalhadoras fizeram no Japão

É importante salientar que mesmo as mulheres tendo ingressado no trabalho o papel delas em relação à família não mudou. Elas só passaram a ter dupla jornada. Ou seja, dividir a vida entre trabalhadora e dona de casa.

Conciliar família e trabalho interferiu até no controle de natalidade no Japão. Essa taxa é por volta de 1,3 a 1,4 crianças por mulher desde 1995.

Como a taxa de natalidade está menor a taxa de idosos aumentou e essas pessoas quando envelhecem acabam precisando de cuidados. E as mulheres que também cuidam dos idosos também.

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Normas trabalhistas para mulheres

Como a mulher tinha desvantagem em relação ao homem no trabalho a Lei de Normas Trabalhistas foi a primeira a diferenciar fisiologicamente homens e mulheres.

Mas segundo o entendimento da época tratar os trabalhadores de diferentes sexos de forma igualitária não seria o ideal a se fazer pelo fato de mulheres não poderem fazer serviços noturnos, trabalhos perigosos e licença a maternidade e menstrual.

Mesmo com mulheres já no mercado de trabalho, conseguir o emprego era desafiador porque havia resistência de empregadores ao contratá-las.

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Em 1997 foi feita uma reforma legislativa que aboliu essas restrições com relação à mulher para que ela pudesse ter a mesma chance de contratação que um homem, mas sem deixá-la vulnerável em caso de assédio , por exemplo.

Mas a proteções com relação à maternidade foram aumentadas para dar uma segurança maior para a mulher e isso refletiu na natalidade que cresceu.

Essa mudança gerou muitos empregos e assim que as mulheres tinham filhos conseguiam voltar para seus trabalhos.

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Mulheres na chefia hoje

Atualmente, não apenas no Japão, mas no mundo como um todo a desigualdade de gênero ainda existe. A participação nas mulheres que exercem antes exclusivo para homens ainda é tímida no Japão.

A diferença ainda é gritante em casos de cargo de chefia que em sua maioria homens a ocupam.

Uma pesquisa realizada em 2018 pela Reuters Corporate Survey aponta que só 10% das empresas japonesas declararam ter mulheres em 10% dos cargos de comando.

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E ainda dados mostraram que 75% das empresas disseram ter menos de 10% de mulheres na gerência enquanto 15% informaram não ter nenhuma mulher.

Diante desses dados ainda tem uma boa notícia! O aumento de mulheres com idade de mais ou menos trinta anos aumentou nos últimos anos.

Isso se deve pelas mudanças que a lei sofreu na qual flexibiliza a jornada de trabalho da mulher, licenças para se dedicar a membros da família e ofertas de vagas e creches.

E você, o que acha que precisa melhorar na lei para possibilitar uma maior porcentagem de mulheres em cargos de liderança no Japão e no mundo?

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