Desde o início dos tempos, os seres humanos sempre encontraram maneiras de se divertir com jogos. Quer sejam com dados em tempos pré-históricos ou videogames na era moderna, os jogos sempre foram parte integrante de todas as culturas e são uma das formas mais antigas de interação social humana.
Jogos de azar sempre estiveram associados aos jogos de cartas e, para realmente entendê-lo, é necessário se aprofundar na história das cartas e estudar por que elas são do jeito que são. Então continue lendo esse artigo para descobrir as origens e os mistérios que explicam as cartas que temos em nossas mãos hoje.
A origem das cartas
A origem exata das cartas de baralho continua a ser objeto de debate entre os estudiosos, e mesmo as melhores teorias dependem mais de especulação do que de prova. Há evidências históricas claras de que as cartas de baralho começaram a aparecer na Europa no final dos anos 1300 e início dos anos 1400, mas como elas chegaram lá?
Estudiosos usam documentos antigos para afirmar que as cartas de baralho vieram da China Antiga no século 9 durante a dinastia Tang. O documento mais antigo encontrado é um antigo texto chinês que descreve a princesa Tongchang (filha do imperador Yizong de Tang) jogando o “jogo da folha” em 868 com membros do clã Wei (a família do marido da princesa). Alguns especialistas também argumentam que o primeiro livro conhecido sobre cartas chamado Yezi Gexi foi supostamente escrito por uma mulher da era Tang e foi comentado por escritores chineses de dinastias subsequentes.
Mais tarde, durante a Dinastia Ming (1368-1644), personagens de romances populares, como Water Margin, foram amplamente apresentados nas faces das cartas de baralho. No século 11, as cartas de baralho podiam ser encontradas em todo o continente asiático.
As cartas de baralho entraram pela primeira vez na Europa no final do século 14, provavelmente vindo do Egito, depois de se espalharem para Índia e Pérsia. As primeiras referências europeias às cartas de baralho datam da década de 1370 e vêm da Espanha, França, Itália, sul da Alemanha e Suíça. Nenhuma carta desse período sobreviveu, mas as fontes indicam que as cartas estavam sendo pintadas "em ouro e outras cores". As primeiras cartas sobreviventes são do século XV, e a maioria delas foi feita em cartolina fabricada a partir de 3, 4 ou até 6 folhas de papel coladas umas às outras. As cartas costumavam ter tamanhos muito maiores do que as de hoje, e as imagens eram desenhadas à mão ou impressas em gravuras em cobre.
Os naipes que temos em nossas cartas hoje são uma variação dos naipes que apareciam nas cartas do período mameluco no Egito. Seus naipes eram taças, moedas de ouro, espadas e bastões de pólo e seus baralhos também tinham 52 cartas. À medida que as cartas começaram a se espalhar pelos países europeus, diferentes naipes começaram a aparecer. Os países germânicos trocaram os naipes por Copas, Bolas, Sinos e Folhas, enquanto a França e a Inglaterra optaram por Copas, Espadas, Ouros e Paus – ou seja, os naipes que a maioria de nós conhece.
Lendas populares afirmam que a composição de um baralho de cartas tem significado religioso, místico ou astrológico. Existem muitas teorias por trás disso, nenhuma das quais poderia ou pode ser comprovada corretamente. No entanto, elas não deixam de ser interessantes, 52 cartas representam 52 semanas em um ano. Vermelho e preto simbolizam a noite e o dia. Os quatro naipes representam as quatro estações; são 13 cartas de um naipe para corresponder ao número de ciclos lunares e 12 cartas da corte que representam os 12 meses do ano.
